Einstein on the Beach dá título a uma famosa ópera "conceptual", da autoria de Phillip Glass e dirigida por Robert Wilson. Estreou em 1976 e teve honras de abertura do festival Francês de Avignon. Sem pretensões de coerência biográfica ou narrativa, o trabalho procurava homenagear, de uma forma original, a figura de Albert Einstein. Entre as diversas peculiaridades da obra, conta-se a duração de quase 4 horas ininterruptas, com a condição prévia de que os espectadores não poderiam abandonar o espectáculo antes do seu término. Assumidamente melómano, Einstein terá dito: A vida sem música, sem tocar música, é inconcebível para mim. Vivo os meus sonhos acordado em música. Vejo a minha vida em termos musicais. E a maior parte da felicidade que tenho na vida, vem da música. As palavras são citadas por Pedro Amaral no magnífico Véu Diáfano, um programa da Antena 2. Também aí se ouve que, tratando-se de um exímio violinista e músico amador, o cientista terá tocado com variadas personalidades e orquestras de reconhecido mérito. A este propósito, o autor do programa prossegue: Conta-se que um dia, num ensaio com o famoso quarteto de Budapeste, ao fim de uma série de entradas falsas, o Primeiro Violino, Alexander Scheneider, parou o quarteto e disse, meio a brincar: Caramba, Albert! Não sabes contar?
Fotografia da Fundação Bryd Hoffman, fonte Aqui
(para ouvir o programa)
"Caramba, Albert! Não sabes contar?"
ResponderEliminarPois, talvez os génios sintam dificuldade em nadar nas coisas aparentemente simples. :)
Abraço
E como imaginá-lo sem a sua explicação do bem e do mal? da luz e do escuro? e a sua assumida crença em Deus?
ResponderEliminarPrecisou ser louco, para encontrar os quatro cantos do mundo, da ciencia e de Deus.
Simplesmente fantástico.
5 bjs nossos
Vou confessar uma coisa, aqui que ninguém nos ouve: não gosto da música de Glass, nem de Schoenberg, nem de Emmanuel Nunes! Resumindo, sou uma conservadora a nível de música erudita e de jazz: só gosto dos clássicos:))))
ResponderEliminarEm contrapartida, a história sobre o Einstein é deliciosa!
Não conhecia esta faceta de Einstein, que grande surpresa. Entretanto, fui ali à wikipedia e, de facto, refere superficialmente esta preferência. Einstein terá dito mesmo que, caso não fosse cientista, seria músico.
ResponderEliminarHá cérebros privilegiados, não há?
O episódio final que aqui relatas é uma delícia :)
Beijnho enorme e uma excelente semana!
vi uma ópera do bob wilson e foi uma surpresa, não lembro qual foi lembro-me da frase Dr faustus fight the light". Seria provavelmente o Dr Fausto. Foi fantástico é uma experiência que gostaria de repetir.bjo
ResponderEliminarTodos temos mundos insondáveis
ResponderEliminarTambém eu sem música
não conseguiria respirar
R,
ResponderEliminarDa música, sim, sabia mas é uma faceta para mim desconhecida.
Nunca explorei este sentido. Dele retenho a ciência, a crença, o bem e o mal, como referiu a Cozinha dos Vurdónsa e a angústia pelo que criou.
Abraço.
jajajaja
ResponderEliminarnem sempre se sabe contar...
excelente
abrazo serrano
É tão bom saber que temos algo em comum com um génio.. e é tão bom, também, saber que ele também se enganou, nem que tenha sido só a entrar no ritmo... :o)
ResponderEliminarSe pudesse dava-lhe agora um beijinho!
Um post muito interessante. Não fazia ideia da existência desta obra.
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