Algún dia te escribiré un poema que no
mencione el aire ni la noche;
un poema que omita los nombres de las flores,
que no tenga jazmines o magnolias.
Algún día te escribiré un poema sin pájaros,
sin fuentes, un poema que eluda el mar
y que no mire a las estrellas.
Algún día te escribiré un poema que se limite
a pasar los dedos por tu piel
y que convierta en palabras tu mirada.
Sin comparaciones, sin metáforas;
algún día escribiré un poema que huela a ti,
un poema con el ritmo de tus pulsaciones,
con la intensidad estrujada de tu abrazo.
Algún día te escribiré un poema, el canto de mi dicha.
(Darío Jaramillo Agudelo, 'Algún dia' in Poemas de Amor, 1986) .
A simultânea incapacidade de dizer e calar os afectos! Exaltante e peculiar, este poema para mim dessconhecido. Obrigada pela descoberta!
ResponderEliminarUm poema limpo de comparações e metáforas para escrever sobre aquilo que, tantas vezes, nos parece inexprimível. Será que o poeta conseguiu alcançar tal desígnio? Será que encontraremos tal poema nesse livro evocativo do amor? :)
ResponderEliminarBeijinho e bom fim de semana!
R,
ResponderEliminarO poema é estranhamente lindo! Também desconhecia.
Os afectos são, neste caso, uma magnólia caída!
Bom fim-de-semana!
Um dia também vou querer escrever um poema assim... Lindo!
ResponderEliminarBeijinhos
:)))
ResponderEliminaré lindo isto aqui, este quase, este desejo que é desejo e como tal um falta qualquer coisa onde há tudo ou um tudo onde falta qualquer coisa, porque no tudo há a imensidão e as palavras são poucas mas ao seu serviço. incondicionalmente. tua também incondicional leitora.
ResponderEliminarTambém eu tentarei nesse dia
ResponderEliminarescrever só por gestos
Poeta é quem sente...
ResponderEliminarquem usa o verso
e o consegue cheirar
e lhe transmite o som
de notas para além do só...
Poesia
sinfonia
melancolia
harmonia
Que poema!...
Um poema magnífico, R.
ResponderEliminarQuem me dera ser capaz de escrever algo de aproximado.
Bjs
Car@s cibercompanheir@s,
ResponderEliminarobrigada pelo vosso feedback. :)
Darío Jaramillo Agudelo é um notável escritor, mas também advogado e economista colombinano contemporâneo. Gosto especialmente deste poema e pareceu-me que valia a pena partilhá-lo convosco. Fico muito satisfeita por terem gostado também.
Um grande abraço a tod@s e os votos de uma magnífica continuação! :)