Aristides de Sousa Mendes
(19/07/1885 a 3/4/1954)
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No dia em que se assinala o seu nascimento, não posso deixar de prestar mais esta homenagem a quem muito honra a condição de ser Português. Detentor de uma carreira bem sucedida, na iminência de uma promoção, o rumo de vida deste grande homem é radicalmente alterado quando, em 1938, Salazar o envia para Bordéus. Pouco tempo depois, no eclodir da 2ª Guerra Mundial, e conhecedor dos campos de prisioneiros judeus instalados em França, corajosamente contraria a ordem estabelecida pela Circular nº14 (que proíbe a concessão de vistos portugueses a cidadãos judeus). O feito permitiu que salvasse 30.000 vidas, a expensas da própria. Acabou pobre, doente e só. A sua acção ímpar foi posteriormente usurpada pela propaganda do mesmo governo que o havia condenado e apelidado de "cônsul desobediente". Muitos anos decorreram até que o país repusesse a justiça histórica e lhe reconhecesse o mérito. E agora pergunto: 'Quantos anos mais serão necessários para que conste dos manuais escolares?'
Mais uma digníssima homenagem. E a tua pergunta final é pertinente. Há exemplos de humanidade que merecem destaque nos processos educativos. E fiquei a pensar que há "desobediências" plenamente justificadas.
ResponderEliminarBoa semana!
Sara:
ResponderEliminarClaro que sim! A "margem" também faz parte do sistema.
:)
Oportuna lembrança
ResponderEliminar:))
Mas a verdade é que há inúmeros estudos sobre ele, programas de Tv e consta dos manuais escolares, de História, por exemplo, pelo menos referem-no. abraço R, boa semana.
ResponderEliminarOlá a todas! De facto, por inúmeras razões, esta é uma das nossas figuras históricas que mais prezo.
ResponderEliminarvia: Não sabia que se ensinava na escola. Ainda não percebi o eco disso entre as crianças e jovens que conheço, mas fico feliz por sabê-lo. Obrigada!
Um abraço partilhado com todas e votos da continuação de uma óptma semana!
"Este será Aristides (...) Será Aristides como o general e estadista ateniense, também conhecido como o Justo." - Pai de Aristides Sousa Mendes, algumas horas depois do seu nascimento e do seu irmão gémeo, em, O Cônsul Desobediente de Sónia Louro.
ResponderEliminarUltrapassou as expectativas do pai e dos portugueses! Penso! :)
Já cá referi esse excelente livro. É muito bem lembrado. E não há dúvida que o pai estava certo: "o justo" seria um cognome merecidíssimo!
ResponderEliminarBeijinho e obrigada.
Só hoje vi que tinha prestado homenagem a este grande homem injustamente esquecido!
ResponderEliminarParabéns. :)
Muito obrigada, Ana. Concordo que é uma justa e merecida homenagem.
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