(Edgar Degas, O Ensaio, 1873 -1878)
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Retomo a vida no momento em que a academia ficou sem professora de Ballet. (Não, não passaram dois anos até que outra a substituísse e, no entretanto, eu perdesse a oportunidade de prosseguir). Pouco depois da sua saída, recebemos um professor. Mais raros nestas lides. E com ele voltaram, também, a disciplina, o rigor e a elegância. - "Plié, demi-plié, relevé!" - ordenava. A mão apoiada na barra, o olhar altivo mas nunca arrogante, a postura direita, a suavidade e delicadeza dos gestos... Ao piano, o executante marcava o ritmo. Foi assim que acabei por integrar as maiores companhias do mundo. Fui 'Prima Ballerina' no Royal Ballet, e 'Étoile' no Ballet da Ópera de Paris. Se hoje vos escrevo, é porque já me reformei.
Um faz de conta muito convincente...
ResponderEliminarSerá mesmo faz de conta?
Beijo :)
Ohhhhh
ResponderEliminarReal ou faz-de-conta pouco me importa se é tanta a poesia.
Lindo.
:)))
Nunca é tarde para voar
ResponderEliminarUm faz-de-conta delicioso com Degas a assistir!
ResponderEliminarGostei muito. Bravo! :)
Bom feriado com muitos "Plié, demi-plié, relevé":))
Se não fosse a nossa infinita capacidade de sonhar, como poderíamos perceber a pintura, a música, todas as artes?
ResponderEliminarE tu "transcreves" tão bem a conversa com a menina do quadro - tantos anos depois:))
Gostei deste percurso alternativo!
ResponderEliminarAbraço
Ainda não há muito tempo "falávamos", noutro canto, das marcas indeléveis que deixam alguns mestres. Creio bem que uma das maiores é fazer nascer dentro de nós um mundo de possibilidades, independentemente do facto de se concretizarem.
ResponderEliminarReformada, mas uma permanente amante da arte! :)
Beijinhos!
Tarefa:
ResponderEliminar- Modelar flocos de neve;
- Arrebanhar nuvens.
Ora aladas ora com forma humana.
Fadas.
Foi a pensar nas Silfides que fizeste este excelente exercício de fantasia?
Tenho quase a certeza disso...
BVoa semana, R.
ainda não tinha dito o quanto gostei deste sonho?
ResponderEliminarOlá a todos!
ResponderEliminarNão me canso de agradecer a delicadeza, simpatia e o interesse dos vossos comentários. Por isso, antes de mais, aqui fica um sincero 'obrigada'.
A cada um, especificamente, diria:
AC: os faz-de-conta sonhados também podem ser muito reais. Não podem? ;)
mdsol: muito obrigada. Poesia e ballet consumam uma combinação mais-que-perfeita!
Mar Arável: nunca. E sem limites! :)
ana: penso que concordará que Degas foi um belíssimo 'testemunho' das bailarinas :)
Justine: obrigada. Sonhar é bom e permite, sem dúvida, pôr a conversa em dia com quase tudo e todos. Até com 'a menina' que já fomos e transportamos para sempre connosco :)
Rosa dos Ventos: obrigada. É um dos 'percursos' que me diverte fazer :)
Sara: estou de acordo no que toca à multiplicidade de possibilidades que a experiência e os mestres nos podem inspirar. E, sim, há interesses de que nunca nos reformamos :)
JPD: Como é que adivinhaste? :) Nas sílfides invisíveis e cândidas, e também n'A Sílfide maravilhosamente interpretada pelo Ballet da ópera de Paris. Ter-te-ão elas segredado alguma coisa? :)
via: ficou dito da melhor forma :) Obrigada.
Votos da continuação de uma excelente semana para todos, e o abraço de sempre!
R.,
ResponderEliminarLinda metáfora tua, mas... pensas tu que te reformaste??
Conheces alguém que se movimente com mais elegância natural??
Eu não! ;)
Muito obrigada, querida Mia. É muita generosidade tua... Mas, ainda assim, fico desvanecida :)
ResponderEliminarUm abracinho.
Blog muito poético... gostei.
ResponderEliminarObrigada, Jota Ene, sempre bem-vindo.
ResponderEliminarA ironia também faz parte da fantasia. Achei muita graça.
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