Às vezes luminoso
E outras vezes tosco
Ora me lembra escravosOra me lembra reis
.
Faz renascer meu gosto
De luta e de combate
Contra o abutre e a cobra
O porco e o milhafre
.
Pois a gente que tem
O rosto desenhado
Por paciência e fome
É a gente em quem
Um país ocupado
Escreve o seu nome
.
E em frente desta gente
Ignorada e pisada
Como a pedra do chão
E mais do que a pedra
Humilhada e calcada
.
Meu canto se renova
E recomeço a busca
De um país liberto
De uma vida limpa
E de um tempo justo
.
(Sophia de Mello Breyner Andresen, 'Esta Gente' In 'Geografia', 1967, ed. Ática)
.(Liberdade, 1984, Cartaz de Vieira da Silva comemorativo do 10º aniversário do 25 de Abril de 1974)
Que suas raizes sejam profundas e sua vida longa. Que os frutos, uns mais amargos e outros mais doces, possam estar na mesa de todos, por igualdade das diferenças.
ResponderEliminarE que a flor sempre nasça.
bjs nossos
Evocação muito bonita.
ResponderEliminarSempre, cara R.
:)
Liberdade, um tesouro a preservar. Sempre.
ResponderEliminarBeijo :)
Liberdade, sempre!
ResponderEliminarGosto muito deste cartaz da Vieira da Silva.
Abraço e boa semana!:)
Com Abril
ResponderEliminarnos olhos do Maio
Sempre
Escolhas irrepreensíveis, R.! Quanto a Abril... SEMPRE, SEMPRE, SEMPRE.
ResponderEliminarBeijinhos e uma excelente semana (apesar do cinzento :))
A discreta arte de evocar, a memória a abrir-nos os olhos.
ResponderEliminarO bem que me soube passear por este blog.
Entretanto os lobos do Homem
ResponderEliminarcomeçam de novo a uivar
Levantemo-nos do chão
Já nem me lembrava desta beleza de V.S.
ResponderEliminarÁrvore que é preciso regar e mimar, sempre!
E perseguir o mar de Sophia, estamos virados a ele e parece que o ignoramos: tanto mundo para lá...
Abç