.
Recentemente ouvi no telejornal que um dos programas mais vistos na China (por cerca de 100 milhões de pessoas) consiste num "reality show" onde uma jornalista entrevista condenados à pena de morte que estão prestes a ser executados. O programa não só se transformou num fenómeno de popularidade, como é incentivado pelo governo do país, com o pretexto de um desejado efeito dissuasor sobre potenciais criminosos. Ora, na China, os crimes elegíveis para pena de morte rondam os 50, e variam entre homicídio e roubo. Como é pendor de todo o "reality show", o "espectáculo" é largamente promovido e inclui imagens da família em desespero. Como se nota, o regozijo com o sofrimento alheio não é apanágio do passado (os circos romanos, a queima das "bruxas" e outros "divertimentos" que tais eram assistidos e aplaudidos por muitos). Infelizmente, a curiosidade mórbida persiste. E, como tal, a pergunta impõe-se: será a mão que aperta o gatilho o único dos homicidas?
Recentemente ouvi no telejornal que um dos programas mais vistos na China (por cerca de 100 milhões de pessoas) consiste num "reality show" onde uma jornalista entrevista condenados à pena de morte que estão prestes a ser executados. O programa não só se transformou num fenómeno de popularidade, como é incentivado pelo governo do país, com o pretexto de um desejado efeito dissuasor sobre potenciais criminosos. Ora, na China, os crimes elegíveis para pena de morte rondam os 50, e variam entre homicídio e roubo. Como é pendor de todo o "reality show", o "espectáculo" é largamente promovido e inclui imagens da família em desespero. Como se nota, o regozijo com o sofrimento alheio não é apanágio do passado (os circos romanos, a queima das "bruxas" e outros "divertimentos" que tais eram assistidos e aplaudidos por muitos). Infelizmente, a curiosidade mórbida persiste. E, como tal, a pergunta impõe-se: será a mão que aperta o gatilho o único dos homicidas?
(Imagem: Desenho de Lasar Segall, 1940-1943, do caderno visões da guerra)
Acreditamos que enquanto todos nós, não nos incluirmos nas ações, assistiremos essas estruturas voltarem a tona. A demonstração de poder, de ódio, de superioridade e de vingança. Não, não é somente somente a mão que aperta o gatilho!
ResponderEliminarbjs nossos
R,
ResponderEliminarVi a notícia e nem queria acreditar no estava a ver e a ouvir.
A sordidez humana circuncreve-se em todas as linhas por si expressas.
Respondo, não!
Abraço e uma boa semana!
ResponderEliminarEstou a contactar com a notícia pela primeira vez. Acho que nem me consigo expressar decentemente, tal a revolta. 100 milhões e um governo a legitimar este quadro hediondo. Respondendo à tua pergunta: são testemunhas e carrascos, sim.
ResponderEliminarBeijinho enorme e a melhor das semanas.
São "os coniventes sem cadastro", para usar as palavras da Sophia. :(
ResponderEliminarBoa semana.
Que horror!!
ResponderEliminarUsei durante o fim de semana muitas exclamações mas não foram de regozijo...
Fui assaltada no sábado e levaram-me, entre outras coisas, o meu rico computador! :-((
Este é o 1º comentário que faço no novo computador! :-))
Abraço
Olá, R.
ResponderEliminarUm exemplo, em movimento, da prática ditatorial. República popular da china?! República socialista e liberdade religiosa num país com um sistema de partido único?! Proporcionar a visualização pública de medo, de arrependimento, acaba por prolongar o efeito de manipulação mental opressiva…culminando "chacina". É miserável. Absolutamente repugnante e miserável.
O meu abraço.
venham os big brothers, esta espécie de sadismo medieval é arrepiante! abraço
ResponderEliminarO Homem
ResponderEliminarlobo do Homem
desde a Criação
É este o mundo que temos, são estes os homens que ainda temos,capazes dos maiores heroísmos e das maiores barbaridades!
ResponderEliminarAbraço
É óbivio(historicamente) que não. Mas 'ajeitamo-nos' melhor se pensarmos que sim...
ResponderEliminarabraço,
jorge
A natureza humana (ou desumana?)nas suas complexidades.
ResponderEliminar