1 de maio de 2012

1º de Maio: muito por fazer

Nada está feito enquanto resta alguma coisa por fazer.
(Romain Rolland, Prémio Nobel da Literatura em 1915)
(Imagem daqui)

12 comentários:

  1. Nestes tempos de incerteza, gigantesco nos parece o por-fazer.

    Um abraço.

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  2. Mais grave de que faltar ainda muito por fazer, é estarem a destruir o que já está feito!

    No Dia que em 1974 me marcou para sempre, o meu abraço fraterno.

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  3. O meu comentário que deixei “à minha querida” Ana Paula Fitas:
    Partilhas a propósito do 1º de Maio
    Após a leitura de http://quartarepublica.blogspot.pt/2012/05/estomago.html :


    Eu não tenho dúvidas, o estômago constitui o "principal" órgão que comanda todos os outros. Camilo já tinha chegado a essa conclusão (Coração, cabeça e estômago).
    Recordam-se? Há poucos meses muitos portugueses indignados deixaram de ir ao Pingo Doce como forma de protesto contra a "deslocalização" da sede para fora do país. Hoje, os mesmos portugueses estão a inundar as superfícies daquela cadeia, porque estão a fazer descontos de cinquenta por cento em compras superiores a cem euros, segundo dizem. Ou seja, o patriotismo vale o que vale, está em saldo e, como seria se esperar, o estômago tem mais força do que o coração e a razão. A vida passa, em primeiro lugar, pelo bandulho e só depois é que vem o resto...

    a mãe disse-me algo como: «coitadas das mulheres [e homens] que trabalham hoje no Pingo Doce» ̶ (concordando, comecei a discorrer irritada e com alguns argumentos que, por vezes, até a mim me irritam). Em relação ao patriotismo disse-lhe que nem ia comentar, dado que o dito “amor à pátria” levou, pelo menos, a 40 anos de ditadura ( «deus, pátria, família»!!!). Reparei e reparo como o 1º de maio se tem vindo a tornar num “propósito nacionalista” (já ninguém fala de Chicago?! De “massacre”), daí que tenha dito algo como: «o 1º de maio deve ser celebrado, deve contextualizar-se “(n)a história” que, para não variar, a maioria das pessoas não faz ideia - está contente porque "é feriado"; porque "é dia do trabalhador" (venham os festejos do PC)! E se, pelo argumento do primeiro de maio de 1974, em todos os 1ºs de maio ninguém, mas rigorosamente ninguém, trabalhasse?». A mãe voltara a interromper-me, dizendo algo como: “Eu sempre trabalhei no 1º de Maio e nos outros dias todos...em que estava de serviço. Mas “eles” não deram nem dão opção às pessoas para que se organizem nos feriados...por exemplo!” ̶ ao que respondi algo como: «…isso, atualmente, já não é, propriamente, a questão do primeiro de maio. Repara que os(as) funcionários(as) das cadeias Continente e Modelo (Sonae), seja qual for o feriado ou greve não tem qualquer voz - e eu não vejo os e as cidadãos(ãs) a falarem desses exemplos. Aliás a CGTP até se dá ao luxo de, muitas das vezes, retratar as suas greves como “representativas da democracia portuguesa”». A sério??? Então os(as) funcionários(as) da Sonae (p.ex.) só podem fazer parte da “democracia representativa” (ultrapassando já a questão linguística, em torno de uma democracia semidireta) no ato de voto?! O «cosmopolitismo» continua, sem sombra de dúvida, “por vir” e faz-me dizer: coerência intelectual (entre outras) faz muita falta neste país!

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  4. Não se pode mudar de povo

    Foi com este e será com este
    que deixaremos de ir ao super-mercado

    no 1º de Maio
    mesmo que a voz nos doa

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  5. estou tão distante de tudo isto, estas efemérides não me galvanizam. acho que estão fora de tempo, estamos a entrar num novo tempo. beijos R.

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    1. Respeito a tua opinião, via. Pessoalmente considero que a essência destas efemérides é intemporal. Infelizmente, continuamos a precisar de dignificar o trabalho e os trabalhadores, e é provável que essa seja uma tarefa infindável... Admito, contudo, que a forma (e a fórmula) possa não surtir o efeito desejado ou até estar ultrapassada. Enfim... pontos de vista apenas ;)
      Um beijinho.

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  6. A Humanidade será sempre uma obra inacabada. Mas bela, quero crer. Embora nem sempre.
    Beijinho R. :)

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  7. Feliz este enquadramento de frase tão sábia com o propagandista, na Praça Nova. No 'pasmatório', como lhe chamavam. Volvido um pouco mais de um século, cá andam os propagandistas, cá andam os pasmados...
    um abraço.

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  8. Simplesmente magnífica esta postagem. A minha concordância é total. Não se subestime o 1º de Maio.
    Abraço e bom fim de semana!:)

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  9. Temos um país que conta, actualmente, com mais de 800 mil desempregados. Vários outros milhares trabalham em condições de franca indignidade. Estamos longe de termos concluído. Cada vez mais longe?

    Um grande beijinho e uma excelente semana!

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  10. Tanto, tanto por fazer, e cada vez há menos tempo...
    Abraços

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