6 de março de 2010

Balanço...

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But pain... seems to me an insufficient reason not to embrace life. Being dead is quite painless. Pain, like time, is going to come on regardless. Question is, what glorious moments can you win from life in addition to the pain?

(Lois McMaster Bujold in "Barrayar", 1991)

   

(Edward Hopper, "Sun in an empty room", 1963)

6 comentários:

  1. Acho que, quando a dor é avassaladora, salvaguardar as infinitesimais centelhas de "glória" exige empenho e descentração. Eu até me atreveria a dizer que é um processo metódico de extracção da parte mais ensolarada, o qual poderá exigir, até, obstinação.

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  2. O Gabo faz anos hoje e eu não sabia ??!!??
    Sou uma admiradora da onça... :)

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  3. não tenho, como o autor, grandes frases para a dor, não há analgésicos também para as dores da alma, para as físicas já há uma gama aceitável de alternativas. comungamos todos das nossas dores, mas revoltados. bom domingo.

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  4. Sara, concordo que em situações de extremo sofrimento, ser capaz de encontrar algum tipo de glória exige imenso esforço. Já eu, quando li este excerto, lembrei-me das pessoas que tendem a ampliar toda e qualquer forma de sofrimento. Pessoas cujo modo de vida é a infelicidade, ainda que, objectivamente, não se lhes encontre grandes males. E essas nem dos momentos, de facto, "gloriosos" são capazes de tirar partido. Presumo, por isso, que o seu balanço seja, deveras, negativo. Tenho para mim que quando "a dor chega" é bom que não nos encontre amnésicos para os momentos de "glória" anteriormente vividos. ("Ámen :) )

    Via, também concordo que dor é uma inevitabilidade. Ainda assim, munamo-nos de "paliativos" para as dores da alma. Cada um terá os seus, muito menos "genéricos" e mais específicos das idiossincrasias individuais. Mas combatamos a dor com ferocidade proporcional à do seu ataque :) Obrigada pela visita e um excelente Domingo para ti também.

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  5. Interessante discussão sobre o "sofrimento" e a dor". Gostaria de acrescentar o seguinte: a verdadeira dor é a que corroi a alma. Todas as outras são efémeras.

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  6. Sempre tão sucintamente certeira, Guidinha. Muito obrigada. De facto, "a verdadeira dor" é a que permitimos que o seja. Obrigada, uma vez mais, pelo contributo enriquecedor.

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